Casal que sonhava em ter filhos entra na fila para adotar duas crianças e acaba saindo com cinco irmãos: 'Oravam para não serem separados'

  • 15/05/2025
(Foto: Reprodução)
Jeniffer e Julio, do Paraná, ficaram na fila de adoção o mesmo tempo que crianças ficaram em abrigo. Casal utiliza as redes sociais para conscientizar sobre adoção. Casal entra na fila da adoção em busca de dois filhos e acaba adotando cinco irmãos A pedagoga Jeniffer Aparecida Amaral Souza de Oliveira e o consultor financeiro Julio Cesar Soares de Oliveira sempre sonharam em ter filhos. Após passarem anos tentando engravidar, eles decidiram entrar na fila da adoção em busca de duas crianças, entre 0 e 7 anos. A busca pela família que os dois imaginavam, no entanto, mudou de figura quando eles conheceram cinco irmãos e não quiseram separá-los. Para o casal, a escolha foi fácil – e emocionante, já que eles se sentiram conectados às crianças assim que receberam o contato da equipe técnica questionando se queriam adotá-las. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "Há crianças que são consideradas 'inadotáveis'. São aquelas com deficiência, as mais velhas, adolescentes e os grupos de irmãos. [...] Eles ficaram no abrigo esperando e ficaram esperando por nós! A gente tem certeza disso porque eles também oravam pelos pais, e oravam pra não serem separados", afirma. Jeniffer e Julio adotaram cinco irmãos Cedida pela família Moradores de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná, Jeniffer e Julio passaram 17 anos sonhando em ter filhos. Eles foram chamados para conhecer os cinco irmãos em fevereiro de 2023 e o processo de adoção foi concluído pouco depois. Ao todo, passaram sete meses na fila de habilitação e mais um ano e dois meses na fila de adoção. De acordo com eles, coincidentemente, o tempo deles na fila foi o mesmo tempo que as crianças ficaram no abrigo esperando por uma família. "Nós estávamos em 11º lugar na fila da adoção. E normalmente eles vão ligando em ordem para as pessoas de acordo com o perfil, só que como era um grupo de cinco irmãos, é um perfil específico que não tem no Brasil quem esteja com esse perfil aberto dessa forma. Ligaram pra 10 casais antes de nós, que disseram que não queriam adotá-los", lembra a mãe. Jeniffer destaca que quando grupos de irmãos ficam muito tempo na fila de adoção, costumam ser separados e adotados por famílias diferentes – o que estava prestes a acontecer com as crianças acolhidas por ela e pelo marido. "Eu quase morri de emoção de tanto chorar porque eu sabia que era Deus respondendo, e eu sabia que eram os nossos filhos. Eu tinha certeza absoluta que eram os nossos filhos", lembra Jeniffer. Como não poderia deixar de ser, a adoção dos cinco irmãos foi acompanhada de desafios, como a adaptação de crianças e adolescentes de idades diferentes em um ambiente totalmente novo e a adequação dos tamanhos da casa, que foi ampliada, e do carro, que foi trocado por um de sete lugares. Houve, também, descobertas. O comportamento de uma das crianças adotadas fez os pais descobrirem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) no menino, e identificarem neles próprios ações similares às do filho. Jeniffer e Julio procuraram um especialista e, após análises, descobriram que também estão no TEA. Saiba mais abaixo. Navegue nesta reportagem: 💖Amor – e nome – de família 👨‍👩‍👧‍👦 Família não 'se desgruda' desde o primeiro encontro 🧩 Casal descobriu ser autista após diagnóstico de uma das crianças 💖Amor – e nome – de família Passados dois anos da adoção, atualmente Jeniffer tem 41 anos e Julio, 39. Os filhos têm idades entre 3 e 14 anos. Todos receberam os sobrenomes do pai e da mãe, Souza de Oliveira, e também o amor da nova família. "Desde que eu decidi pela adoção eu já a entendi como filiação real, como paternidade real, como família real, mesmo. Eu já não diferenciava mais a adoção da via biológica. [...] Tem muitos filhos esperando em abrigos, esperando a sua família... E é tão bom encontrar a sua família! Eu não consigo nem imaginar a gente sem eles, agora", afirma Jeniffer. Julio concorda e afirma que a família passar de dois integrantes para sete é algo muito melhor e maior do que ele sonhava. "Eu acho que é muito mais do que a gente imaginava. O desafio foi muito maior do que a gente imaginava, e o sonho foi muito maior do que a gente imaginava", diz o pai. Mais histórias inspiradoras: 'Enquanto estiver viva, quero continuar fazendo': Avó enfrenta medo do preconceito, faz primeira tatuagem aos 60 anos e soma 53 desenhos pelo corpo Inspiração: Casal vende tudo e pedala 7 mil km do Paraná até Ushuaia Fé: Menino constrói a própria igreja aos 13 anos no Paraná e sonha ser padre 👨‍👩‍👧‍👦 Família não 'se desgruda' desde o primeiro encontro Pais sentiram conexão com filhos adotivos desde primeiro encontro, no abrigo Jeniffer e Julio conheceram os filhos em fevereiro de 2023, após aceitarem conhecer as crianças e irem visitá-las no abrigo. Para o primeiro encontro, o casal planejou brincadeiras e se preparou para "conquistá-las". "É indescritível a sensação. E foi tão legal, porque a gente interagiu muito bem desde esse primeiro contato. Foi muito gostoso! A gente estava com tanto medo e eles nos acolheram tão bem, mas tão bem, que a gente não esperava por aquilo. Parecia que a gente já tinha essa ligação né? Então foi incrível", afirmam. Eles contam que, desde então, a família nunca mais "se desgrudou". "A partir daquele dia, nós passamos a visitá-los todos os dias. Todos os dias a gente se viu, e até hoje é todos os dias. Esse processo de aproximação foi muito rápido, durou um mês. As cuidadoras e a equipe técnica se surpreenderam muito, porque eles se vincularam muito rápido com a gente, a gente se vinculou muito rápido com eles. Então aconteceu que em um mês eles já perguntaram pra gente: Vocês querem levar já pra ficar na casa de vocês? Primeiro eles vieram nos finais de semana, dois finais de semana, e depois eles já vieram pra ficar", lembra o casal. 🧩 Casal descobriu ser autista após diagnóstico de uma das crianças Jeniffer e Julio adotaram cinco irmãos Cedida pela família "Somos 7... três autistas com laudo e mais três filhos em investigação". Essa é uma das frases com a qual o casal se apresenta nas redes sociais, em perfis criados por eles para o compartilhamento das próprias experiências e abordagem do tema adoção. Um dos perfis é voltado ao diagnóstico do autismo, descoberto nos pais após testes feitos em um dos filhos. "Um deles chegou pra gente tomando medicação, por alguns comportamentos que ele tinha, mas com a esperança de que isso poderia ser revertido com o suporte de uma família. Em três meses ele parou, mas nós e a equipe da escola percebemos alguns comportamentos que demandavam uma investigação médica – e eu reparava que muita coisa, muitos comportamentos dele eram muito parecidos com os meus", lembra Jeniffer. Após o diagnóstico do autismo no menino, Jeniffer e Julio também passaram por consultas e descobriram ter TEA. Agora, as outras crianças estão passando pelo mesmo processo para a família entender melhor de que forma lidar com os desafios enfrentados no dia a dia. Jeniffer e Julio adotaram cinco irmãos Cedida pelo casal Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/05/15/casal-que-sonhava-em-ter-filhos-entra-na-fila-para-adotar-duas-criancas-e-acaba-saindo-com-cinco-irmaos-oravam-para-nao-serem-separados.ghtml


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